segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Comunidades Terapêuticas

O movimento das comunidades terapêuticas tem início em 18 de setembro de 1958, quando “Chuck Dederich” e um pequeno grupo de alcoolistas em recuperação decidiram viver juntos, para além de ficar em abstinência, buscar um estilo alternativo de vida.
Fundaram em Santa Mônica na Califórnia, a primeira Comunidade Terapêutica (CT) que se chamou “SYNANON”, que adotou um sistema de relacionamento direcionado em uma atmosfera quase carismática, o que para o grupo foi muito terapêutico.
A aplicação do conceito de ajuda à pessoa em dificuldades, feita pelos próprios pares, é a base das relações vividas na Synanon, posteriormente “DAYTOP”, onde cada pessoa se interessa e se sente responsável pelas outras.
Desde o início acolheram alguns jovens que estavam tentando ficar em abstinência de outras drogas e em decorrência disto a Comunidade Terapêutica que teve seu início com uma CT somente para alcoolistas abriu suas portas para jovens que usavam outras substâncias psicoativas.
Esse tipo de alternativa terapêutica se consolidou e deu origem a outras Comunidades Terapêuticas que, conservando os conceitos básicos, aperfeiçoaram o modelo proposto pela Synanon.
A Comunidade Terapêutica “DAYTOP VILLAGE”, é o exemplo mais significativo deste tipo de abordagem.
Foi fundada em 1963 pelo “Monsenhor Willian B’Obrien e David Deitch”, um alcoolista em recuperação da Syananon, tornando-se um programa terapêutico muito articulado.
Com a multiplicação das iniciativas deste tipo de abordagem terapêutica na América do Norte, a experiência atravessou o Oceano Atlântico e deu início a programas terapêuticos no norte da Europa, principalmente na Inglaterra, Holanda, Bélgica, Suécia e Alemanha.
Em 1979 a experiência chegou à Itália onde se fundou uma Escola de Formação para educadores de Comunidades Terapêuticas e os educadores que passaram pela formação deram um novo impulso na Espanha, América Latina, Ásia e África.

No campo psiquiátrico acontecia uma outra revolução: a experiência de Comunidade Terapêutica Democrática para distúrbios mentais.
O psiquiatra escocês “Maxwell Jones”, trabalhando durante o período da II Guerra Mundial no Hospital Maudsley em Londres e, sucessivamente nos de Henderson e Dingleton, de 1945 a 1969, transformou o trabalho tradicional e como terapia, utilizava a psicoterapia individual e de grupo, "eliminando ao máximo o uso de medicação" e envolvendo os pacientes nas atividades propostas.
Este modelo foi adotado na Noruega e Suécia em comunidades para dependentes químicos, mas, com poucos resultados porque o dependente precisava, inicialmente, de uma abordagem mais direcionada o que não era utilizado na Comunidade Terapêutica Democrática.

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