segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Nar-Anon

História do Nar-Anon

Os dias pioneiros dos Grupos Familiares Nar-Anon são tão antigos quanto Narcóticos Anônimos. Mulheres, amigos e parentes de adictos em recuperação compreenderam que também precisavam de ajuda para resolver seus problemas pessoais. Decidiram se dedicar a um programa de Grupo Familiar.
A primeira reunião de Nar-Anon ocorreu na cidade de Studio, Califórnia, na mesma hora e local da única reunião de N.A. Iniciou-se com membros do Al-Anon e eventuais mulheres e cônjuges de membros de N.A.
Este grupo foi iniciado por Alma B. e mais tarde transferiu-se para Hollywood, Los Angeles. Esses grupos não foram bem sucedidos.
Em 1968 o grupo Península de Palos Verdes foi iniciado por dois membros, Louise e Margaret que compreenderam que este grupo deveria crescer e que o Nar-Anon deveria continuar.
Com a ajuda de um outro membro, Agnes, elas viajaram muitos quilômetros, abrindo grupos e levando a mensagem.
Deveria ser suficientemente organizado para manter-se simples.
Solicitou-se aos grupos que enviassem contribuições para cobrir as despesas com a instalação e a manutenção do Núcleo de Informação. Este Centro de Informação funcionava na casa de um dos membros.
Em 1971, contratou-se um advogado para legalizar o Núcleo de Informação.
Por unanimidade, concordou-se que o nome fosse “Nar-Anon Family Group Headqurters, Inc”.
Recebeu-se pedidos de informação de todos os estados.
Em 1982, foram financeiramente capazes de mudar para um escritório, pois havia uma real necessidade de um Serviço Mundial em função de todos os pedidos de informação que chegavam dos Estados Unidos e de países estrangeiros.


O Programa Nar-Anon

Os Doze Passos do Nar-Anon semelhantes aos do Al-Anon e são apenas sugeridos como um meio de proporcionar uma estrutura, na qual os grupos e indivíduos possam achar um terreno comum para nele construírem os alicerces para uma recuperação.
Como cada pessoa busca sua própria compreensão do “bom”, isto revela um modo de vida para todos, a despeito das suas várias crenças ou descrença.


Grupos Familiares

O Grupo Familiar Nar-Anon é essencialmente para você que tem ou já teve um sentimento de desespero relacionado ao problema de dependência química (adicção) de alguém muito próximo a você. Nós também já trilhamos este caminho de infelicidade e encontramos a resposta na serenidade e na paz de espírito.
Quando você chega a um Grupo Familiar você não está sozinho, mas entre companheiros com igual dificuldade que compreendem o seu problema, como poucas pessoas podem fazê-lo.
Respeitamos a sua confiança e o seu anonimato. Esperamos poder lhe dar a certeza de que nenhuma situação é tão difícil e nenhuma infelicidade tão grande, que não possa ser superada.
Nosso programa é a prática dos DOZE PASSOS E DOZE TRADIÇÕES DO NAR-ANON.
O programa não é religioso, mas sim uma forma espiritual de viver.
Com a aceitação de que a adicção é uma doença, e admitindo que somos impotentes diante dela, bem como sobre a vida de outras pessoas, estaremos prontos para fazer alguma coisa de útil e construtivo com nossa própria vida.


Sobre Adicção

Aprendemos no Nar-Anon que a adicção é uma doença – NÃO UMA QUESTÃO MORAL. Sob este aspecto ela é similar a diabetes. Somente com a completa abstinência do uso de drogas em quaisquer das suas formas, é que a doença pode ser controlada. Da mesma maneira que não podemos impedir a tosse de uma pessoa, também não podemos impedir o uso de drogas de um adicto. Ninguém, nem mesmo o médico, o clérigo ou a família pode fazer isso por alguém.
Descobrimos que o uso compulsivo de drogas não indica falta de afeto pela família. Não é uma questão de amor, mas de doença. O adicto perdeu o controle sobre a droga. Mesmo sabendo o que acontece, quando toma o primeiro gole, pílula ou teço, ele o fará. Esta é a “insanidade” da qual falamos em relação a esta doença.
Quando compreendemos e aceitamos que a adicção é uma doença, e que somos impotentes perante ela, estaremos prontos para aprender uma maneira melhor de viver.
Por isso entendemos que a recuperação é possível, desde que, inicialmente, o adicto admita que ele tem, um sério problema e necessita de ajuda.


A Família

A adicção é uma doença que atinge a família. Ela afeta o relacionamento dos que estão próximos ao adicto (dependente químico). Pais, cônjuges, velhos amigos, empregadores, ficam todos preocupados devido ao seu comportamento inadequado.
O familiar se envergonha e tenta controlar o usuário, assumindo para si as responsabilidades que não lhe cabem, despertando os sentimentos de medo e culpa. Com isto nos tornamos ansiosos, criando um clima de facilitação que, sobre maneira, contribui para a progressividade da doença.
Contudo a adicção não é um caminho sem esperança.
Em nosso desespero procuramos respostas e possivelmente descobriremos, que ao compartilhar com aqueles que têm problemas idênticos, perceberemos que são os nossos próprios pensamentos e atitudes que deverão ser mudados.
No Nar-Anon aprendemos a viver um dia de cada vez; parar de criar expectativa; a lidar com nossos sentimentos; voltar o foco para nós e aplicar nossa energia onde temos algum poder, que é sobre nossa própria vida.

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