domingo, 28 de dezembro de 2008

Álcool

As bebidas alcoólicas foram catalogadas pela OMS, como um dos tipos de drogas que ocasionam dependência física e psíquica, também tolerância e síndrome de abstinência. O álcool quando entra na corrente sangüínea age em diversos órgãos do corpo: cérebro, pulmões, coração, rins, pâncreas e outros.

* Cérebro - No SNC (Sistema Nervoso Central) as primeiras partes afetadas são os lóbulos, o cerebelo, tálamo e a medula. Com isso, o juízo crítico, a capacidade de tomar decisões, o tempo e a reação do indivíduo, a manutenção de valores e autopercepção, o equilíbrio, a coordenação e a circulação ficam comprometidos.

* Coração - com a ingestão de bebidas alcoólicas eleva a carga de trabalho que se destina ao músculo cardíaco. Devido a isto, o coração não funciona de forma eficiente, sua contractilidade fica reduzida e os ritmos cardíacos alterados.Pele - os vasos sangüíneos ficam dilatados e a pele fica quente e vermelha.

* Estômago e Intestino - com o uso regular do álcool, tanto o estômago quanto o intestino ficam irritados e poderá ocorrer uma úlcera gástrica ou duodenal.

* Fígado - quando ingerida bastante bebida alcoólica o fígado trabalha mais; em conseqüência podem ser desenvolvidas: hepatite, cirrose.

* Sistema Reprodutivo - existe uma crença de que o álcool tenha efeitos afrodisíacos. Porém ele não permite o bom desempenho, podendo inclusive causar impotência sexual.

Segundo alguns autores, falhas de memória, alucinose alcoólica, delírium tremens e abstinência, também podem ocorrer entre os que abusam do álcool. Depressões e suicídios são quase tão comuns entre alcoólatras, quanto entre pessoas com distúrbios depressivos puro.
O álcool ingerido pela mulher grávida atravessa facilmente a placenta, atingindo o feto. Nas mulheres que amamentam o álcool passa a compor o leite materno chegando até o bebê.
Segundo Dupont, mulheres grávidas que tomam três drinques por dia, tem 10% de probabilidade de que seus bebês nasçam com síndrome alcoólica fetal. A Síndrome Alcoólica Fetal se caracteriza por retardo mental, irritabilidade, desenvolvimento motor insatisfatório e deficiência do crescimento antes do nascimento e durante a infância.


SÍNDROME ALCOÓLICA FETAL

A síndrome alcoólica fetal (SAF) foi descrita no final da década de 1960, mostrando que os filhos de mães dependentes de álcool, que haviam ingerido grandes volumes durante a gravidez, tinham rebaixamento intelectual e algumas alterações faciais típicas (prega dos olhos diferente, ausência do sulco labial).
Os casos de SAF não são muito comuns hoje em dia, uma vez que a mãe precisa beber exageradamente durante a gravidez para a criança ser afetada. O que mais acontece é encontrar mulheres que bebem com regularidade durante a gravidez. Nesses casos, as alterações congênitas observadas em seus filhos são mais sutis. Por exemplo, nos Estados Unidos, está demonstrado que o álcool é a principal causa não genética de oligofrenia, ou seja, de deficiência mental.
Estudos mais recentes deixam claro, ainda, que filho de mãe com padrão perigoso de consumo de álcool na gravidez pode não apresentar síndrome alcoólica fetal explícita, mas têm rebaixamento intelectual, ou pequenas dificuldades de leitura, atenção e concentração.
Não se pode esquecer de que principalmente o cérebro do feto passa por muitas e constantes modificações. Expor esse cérebro em formação a doses regulares de álcool, sem dúvida, altera seu desenvolvimento.

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